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Inferno from Efémero by Raul Muta

Tracklist
8.Inferno5:28
Lyrics

Abrem os olhos prestem atenção, isto é o inferno onde a gente vive.

Raul Muta

Refrão:

Levamos a vida no inferno, vês o sol fugir?
Sem a lua brilhar e as estrelas do céu cair?
É no inferno, a lei da vida é um jogo,
Onde as manas são frias e os homies respiram fogo.

(Gula, luxuria, preguiça, inveja, ira, orgulho, ganância,)
Levamos a vida no inferno
x2

Verso 1:

Sentes isso na pele, cada vez mais presos ao solo,
Noites frias e os nossos dias quase parecem ser beijados por Apolo,
Grandes descobertas já la eram, a nossa era vai ao fundo como barcos e naus,
Prato principal, o ser humano, poluição, tudo acima dos noventa graus.

A terra caminho num trilho sem luz e por isso não vês o sinal,
A menos que volte o menino da cruz voltaremos ao reino animal,
Até sinto nojo comemos uns aos outros, holocausto empilharemos mortos,
Deixamos bons modos, racismo no lodo, para que os gays sofram como todos.

Já cresci na desavença, procurar diferença, começar mais uma guerra intensa,
Esqueçam, vida amorosa não me interessa, se ele ou ela gosta eles que vençam.
E peçam, a deus que dê forças para os outros fazerem a coisa certa,
Não têm que gostar do que eles gostam, mas tentem manter uma mente aberta.

Imagina o teu filho espancado na escola sem motivo,
Por ser gay ou não, branco, preto, amarelo ou mesmo mestiço.
Odio só puxa ódio e eu odeio pensar nisso,
Minha casa está em chamas deste inferno que tenho vivido e ainda vivo!

Refrão:

Verso 2:

E os que fazem bem só sofrem ou morrem cedo ou então,
A vida ensina mais uma alma limpa virar carvão,
Ou és peixe palhaço ou és o grande tubarão,
Somos todos pinóquios e os gepettos estão no caixão.

Vivemos a prisão moderna,
Vida rotineira é o peso que me prende a perna,
Mais do mesmo e eles sentem nada vale a pena,
Quando as estrelas da vida pedem atores fora de cena.

Com a derrota no pódio, desempenho o papel de manter o homem agarrado ao cansaço.
Uma relação de amor e ódio, sacrifício desde o início e os sonhos não ocupam mais espaço.
Ou trabalho por eles ou sofro, a barriga do homem não é feita de aço,
Fazer o que amo não posso, gostava e agora não sei o que faço.

Mas como atitude custa, orgulho para dentro e vivemos a custa,
De um patrão que um bom vinho degusta, amarrados a uma corda que só ele é que puxa.
E o povinho no dedo chucha, sonhos só vejo quando vejo a bruxa,
Que dança por uma moeda suja, pois de outro modo não sorria a coruja.

Refrão:

Talvez a vida não me pergunte mas, a mesma respondo porque não quero ir ao fundo mais,
Regras do mundo tornam fusca a paz, porque quando se prova algo o sistema é abusar de mais,
É weeds and bongo, shots dados em wisky, diogo,
Não nos estragam, black skin é um jogo, que algumas delas têm visto como novo

E nós, como não quero são duas palavras, melhor verbaliza-se o sim
E o corpo massudo da raça negra chega sempre para ti e para mim,
Por isso me aperta e me abraça, arranhas rasga, no prazer tudo passa,
Somos todos so almas dentro de carcaças, gasta-las é o objectivo do fim.

Dá-me um pouco de tudo,
Poff e ouve-se o miúdo voar para longe como ovni ou ufo,
Copos de Hpnotic ou Nuvo, bolota ou skunk passa eu fumo,
Sobre o consumo eu subo e poiso soft como um pote de veludo.

So que o tempo nada perdoa e tudo põe um termo,
E quando ele surge branco usando um negro,
Vejo-me com o fundo do meu túnel preto,
Vejo-o.

Perto contando quando falta para o mais que certo,
Eu digo até la, sou imortal, vou com os demónios pelo inferno.

Refrão:

Credits
from Efémero, released January 12, 2016
LicenseAll rights reserved.
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